Universos paralelos existem? A ciência explica! Bem, eles sempre foram um prato cheio para a ficção científica, mas será que existem teorias científicas que sustentam essa ideia? E se existirem, seria possível viajar para esses universos? Não seria nada fácil, mas vamos explorar essa possibilidade!

Universos paralelos e a teoria da inflação

Os universos paralelos surgem em duas vertentes nas teorias físicas.

A primeira é na concepção da inflação, que descreve os momentos iniciais do universo. Nessa fase tumultuada, diversos universos podem ter surgido simultaneamente, cada um com suas próprias leis físicas e distribuição de matéria.

O problema é que esses universos estão muito além do nosso horizonte observável e se afastam mais rápido que a velocidade da luz. Ou seja, alcançar um deles seria como tentar acumular milhas infinitas.

O multiverso da mecânica quântica

A outra possibilidade está na interpretação dos muitos mundos da mecânica quântica.

Essa teoria sugere que, a cada evento quântico aleatório, o universo se divide em múltiplas realidades, cada uma representando um dos resultados possíveis. Assim, o multiverso estaria em constante expansão, com incontáveis ramificações.

Para viajar entre esses universos, seria necessário construir uma máquina do tempo. Não importa como, desde que ela permita voltar ao passado.

O problema é que viagens temporais trazem paradoxos, como o famoso paradoxo do avô: se você voltasse e impedisse o nascimento de um de seus ancestrais, você nunca teria existido para fazer isso.

Stephen Hawking propôs a conjectura da proteção cronológica para evitar esses paradoxos, sugerindo que viagens ao passado podem ser proibidas.

Já Igor Novikov sugere a conjectura da autoconsistência, onde seria possível voltar no tempo, mas sem alterar o passado. Então, como viajar ao passado sem mudá-lo?

Uma solução intrigante: outros passados

Uma solução possível seria que, ao voltar no tempo, você não retornaria ao seu próprio passado, mas a um passado alternativo.

Se você matasse Hitler, não seria o Hitler da sua linha temporal, mas de outro universo. E quando voltasse ao futuro, seu passado permaneceria inalterado.

A interpretação dos muitos mundos encaixa perfeitamente nessa ideia. Se o universo já está se dividindo constantemente, viajar no tempo poderia simplesmente deslocar você para uma dessas ramificações alternativas. Outra possibilidade seria que a viagem criasse uma nova linha temporal.

O problema: ninguém sabe como fazer isso funcionar!

Apesar de tudo isso parecer intrigante, ninguém conseguiu colocar essa teoria em prática. As tentativas de entender esse processo com base na mecânica quântica trouxeram resultados confusos.

Campos quânticos ficam instáveis na presença de máquinas do tempo, a menos que estejamos dispostos a abrir mão de princípios fundamentais da teoria quântica, o que ninguém está.

Até mesmo sistemas clássicos enfrentam problemas. Imagine um interruptor capaz de ligar ou desligar sua máquina do tempo, abrindo ou fechando um buraco de minhoca. Não sabemos como as histórias alternativas lidariam com mudanças tão radicais na estrutura do espaço-tempo.

O teste definitivo para universos paralelos

Se um dia conseguíssemos construir uma máquina do tempo, seria fácil testar se os universos paralelos existem.

Bastaria tentar mudar algo no passado. Se fosse impossível — por mais que tentasse, você não conseguiria matar Hitler, por exemplo — saberíamos que há apenas uma linha temporal imutável. Mas se conseguisse, seria a prova definitiva de que os universos paralelos são reais.

Por enquanto, não sabemos se isso é possível. Por outro lado, também não podemos descartar completamente. Aparentemente, o passado está fora do nosso alcance para sempre — ou talvez ele seja apenas um dos muitos ramos de uma realidade muito mais complexa.

Viajar para universos paralelos pode ser tão fácil quanto… Bom, talvez não seja nada fácil!

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