Marvel chega com tudo em um retorno impactante e fiel do Demolidor em Born Again!
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A Marvel iniciou a estreia em duas partes de Daredevil: Born Again (Demolidor: Renascido) com uma luta épica digna dos melhores momentos dos quadrinhos, como se quisesse garantir aos fãs que, sim, o Demolidor voltou exatamente como você se lembrava.
Essa nova série funciona como uma continuação digna do show da Netflix, retomando onde a terceira temporada parou, praticamente se tornando uma quarta temporada.
E a história não perde tempo, colocando o Matt Murdock de Charlie Cox diante de uma tragédia pessoal e do retorno surpreendente de seu maior inimigo, Wilson Fisk, novamente interpretado de forma assustadora por Vincent D’onofrio.
Embora Born Again tenha perdido parte da sutileza da série original e revisite temas familiares, sua nova abordagem sobre a rivalidade entre Murdock e Fisk garante ótimos momentos.
Tudo começa relativamente tranquilo, com Murdock desfrutando de um momento descontraído com seus amigos Foggy Nelson e Karen Page, interpretados de novo por Elden Henson e Deborah Ann Woll. Claro que a felicidade dura pouco para Matt Murdock, e logo tudo desmorona com o retorno de Benjamin Poindexter.
Aqui, Poindexter surge como o vilão dos quadrinhos, Mercenário, o assassino psicótico que transforma qualquer objeto em arma mortal. Sua luta contra o Demolidor, usando facas afiadas e até bolas de bilhar como armas improvisadas, é de tirar o fôlego, especialmente por ser filmada em uma sequência única e fluida que percorre um bar e um prédio inteiro.
É bem triste assistir à morte de Foggy, principalmente após tudo o que ele e Murdock enfrentaram juntos. E ainda mais chocante é ver Murdock tentando matar o Mercenário, algo impensável após ter poupado Fisk no final da terceira temporada.
Mas se alguma coisa poderia levá-lo a quebrar sua promessa mais importante, certamente seria a morte do melhor amigo. Após a tragédia, Murdock deixa o manto de Demolidor para trás, dedicando-se à sua vida como advogado, decisão que se complica ainda mais quando Fisk retorna não como Rei do Crime, mas como algo mais perigoso: um político.
A dinâmica inédita entre o advogado Murdock e o Prefeito Fisk é o grande ponto forte da nova série. O episódio inicial encerra com esses dois gigantes inevitavelmente caminhando para um confronto épico.
É interessante ver Murdock e Fisk compartilhando uma conversa à primeira vista civilizada em um restaurante, repleta de tensão disfarçada em ameaças sutis. Embora pareça exagerado um criminoso condenado conquistar um cargo político, em 2025 esse cenário soa bem realista.
Porém, a série evita debates políticos específicos, focando mais nos perigos de dar poder a abusadores e na importância de enfrentá-los.
Afinal, a ideia de Matt querer abandonar a identidade de Demolidor já foi explorada anteriormente na terceira temporada. Embora os detalhes sejam diferentes agora, algumas ideias centrais ainda soam como repetição.
A sensação de satisfação é grande ao ver que Born Again finalmente se conecta oficialmente ao Universo Cinematográfico Marvel. Desde sua última aparição solo, o Demolidor surgiu em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, Mulher-Hulk e Echo.
Até mesmo o Prefeito Fisk faz uma referência ao Homem-Aranha, algo impensável até pouco tempo atrás. Curiosamente, não há menção ao Acordo de Sokovia, apesar de Murdock já ter comentado sua revogação na série da Mulher-Hulk.
O segundo episódio introduz o vigilante Tigre Branco (interpretado por Kamar de los Reyes, que faleceu em 2023), cuja história complexa e trágica dos quadrinhos está sendo adaptada com eficiência.
É bacana ver Murdock confrontado por seus próprios dilemas ao defender o novo vigilante, criticando atitudes que ele mesmo já teve no passado.
Tudo explode quando dois policiais corruptos tentam matar Murdock. Cox interpreta brilhantemente essa escalada, mostrando a dor que sente por ser forçado a abandonar sua fase pacífica. Quando reage, a violência é brutal, assustadora e marcante, confirmando que a Marvel mantém o tom maduro e visceral da série original.
Embora o conflito principal entre Murdock e Fisk seja excelente, faltam personagens secundários interessantes até o momento. Mercenário, tão complexo na terceira temporada, foi reduzido a um simples vilão.
Novos personagens, como o interesse amoroso de Murdock (terapeuta de casamento de Fisk) e uma jovem jornalista, mostram potencial para futuras histórias. Mesmo com algumas ressalvas iniciais, Born Again acerta em cheio ao integrar Demolidor ao universo Marvel maior, mantendo a maturidade e as atuações impecáveis que fizeram sucesso antes.
A série mantém o drama e a brutalidade característicos do Demolidor da Netflix, levando a rivalidade entre Matt Murdock e Wilson Fisk a uma direção ousada e surpreendentemente atual.
Embora alguns pontos negativos existam, como a repetição da crise de identidade de Murdock e a ausência inicial de personagens secundários marcantes, a série consegue prender a atenção justamente pelo embate entre as personalidades civis desses dois rivais icônicos!
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