Novo smartphone é feio, mas possui uma câmera belíssima - veja detalhes do Xiaomi 15 Ultra Review.
Xiaomi 15 Ultra Review: Avaliamos o novo smartphone da gigante chinesa, que tem câmera espetacular – mas um design não tão gracioso assim.
Depois de passar 2 anos dizendo para quem quisesse ouvir que a fabricante chinesa Vivo fazia as melhores câmeras de smartphones, o lançamento do Xiaomi 14 Ultra mudou a opinião do público ocidental. Isso porque o aparelho se tornou um favorito do público tanto para fotos de viagens quanto para sessões fotográficas de produtos.
Com o 15 Ultra, a Xiaomi conseguiu melhorar o que já era bom, adicionando uma nova lente periscópica de 200 megapixels para complementar as outras câmeras (que permaneceram praticamente as mesmas).
O lado negativo? O 14 Ultra nunca foi exatamente bonito, e o módulo de câmera enorme e assimétrico do 15 Ultra conseguiu piorar o design. Mas estamos dispostos a relevar o visual estranho pela qualidade da câmera, mas entendemos quem pensa o contrário!
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Ainda não falamos muito sobre as especificações do 15 Ultra além da câmera. Isso é intencional. Sim, é um smartphone topo de linha, mas a maioria dos recursos dele pode ser encontrada em outros modelos pela metade do preço. Se você está disposto a pagar R$ 8.000 no 15 Ultra, a câmera será o motivo.
Assim como o 14 Ultra, o novo topo de linha da Xiaomi traz um módulo traseiro com quatro câmeras dispostas em um grande círculo que domina o design.
Para ser generoso, você poderia dizer que isso lembra a estética clássica da Leica — com a qual a Xiaomi tem parceria. Para ser menos gentil, dá para dizer que é bem feio, ainda mais com a disposição assimétrica das lentes, que parece forçada para encaixar o hardware.
Essa disposição provavelmente foi necessária para acomodar a nova lente periscópica com zoom de 4,3x, que usa um sensor de 200 megapixels de 1/1.4 polegada e abertura rápida de f/2.6.
É uma melhoria em quase todos os aspectos comparada ao modelo anterior, exceto na distância do zoom, que caiu um pouco de 5x. E os resultados são realmente impressionantes.
No 14 Ultra, muitos viviam tentando usar a teleobjetiva de 3,2x sempre que possível. Agora, a periscópica exerce o mesmo fascínio. Nós nos vemos recuando para usar essa lente em vez da principal, preferindo a profundidade natural e o efeito bokeh que ela proporciona.
Em boas condições de luz, é possível tirar fotos bonitas e naturais com zoom de até 10x, mantendo qualidade razoável em 30x. Além disso, o zoom vai até 120x, mas com um nível agressivo de nitidez. Não é nada especial em distâncias extremas, mas em alcance médio, funciona perfeitamente.
As outras três lentes — todas de 50 megapixels — também não ficam para trás. A câmera principal usa o mesmo sensor Sony LYT-900 de uma polegada do ano passado, mas a Xiaomi abandonou a abertura variável em favor de uma fixa de f/1.63. Em teoria, isso deixa a lente um pouco menos versátil, mas, na prática, não faz muita diferença. Mesmo assim, parece um retrocesso estranho.
Ao final, a maior crítica à câmera é que ela não evoluiu tanto assim em relação ao 14 Ultra. Se você não tem o modelo anterior, isso não é problema, mas para a Xiaomi pode ser. A concorrência é forte, especialmente na China, com rivais como Vivo e Oppo ameaçando roubar a cena.
Fora a câmera, o 15 Ultra continua impressionando, mas parece similar a outros tops de linha. As especificações são familiares: chip Snapdragon 8 Elite com 16GB de RAM e até 1TB de armazenamento, tela OLED LTPO de 6,73 polegadas com 120Hz, e certificação IP68.
Não que isso seja ruim — pelo contrário, são componentes de ponta. Mas há muitos concorrentes brigando pelo mesmo espaço no mercado!
A bateria tem uma capacidade generosa de 5.410mAh. Mesmo em um dia de viagem, tirando muitas fotos e usando o celular como hotspot, você só começará a se preocupar com a carga no fim do dia. O carregamento com fio de 90W é muito rápido, enquanto o sem fio chega a 80W se você investir no carregador oficial — em carregadores Qi comuns, a velocidade é bem menor. A Xiaomi, como quase todo fabricante Android, ainda não adotou o Qi2.
O problema está no software: O HyperOS — a interface da Xiaomi sobre o Android 15 — traz vários apps pré-instalados, alguns impossíveis de desinstalar, além de outros que você provavelmente não quer, como o AliExpress.
Além disso, a personalização do sistema foi limitada na nova versão: se há como colocar cinco ícones por linha na tela inicial, eu ainda não descobrimos, mesmo tendo essa opção no 14 Ultra.
Algumas tarefas parecem desnecessariamente complicadas, como mudar o papel de parede, que envolve passar por um aplicativo de Temas cheio de toques pagos e imagens cafonas.
Mesmo assim, eu diria que prefiro o HyperOS ao Galaxy UI da Samsung, embora tenha que lidar com alguns detalhes menos refinados. As promessas de quatro atualizações do Android e seis anos de suporte de segurança são boas, mas ficam atrás da Samsung e do Google.
O melhor e o pior do 15 Ultra se resume à câmera. O principal motivo para alguém pensar duas vezes antes de comprá-lo — além do preço — é o módulo de lentes, que é um verdadeiro trambolho. Todo mundo que viu o celular comigo nessa última semana notou isso primeiro — e não de um jeito positivo.
Mas aí você começa a usar a câmera e entende. Sim, o design é feio. Mas provavelmente não havia outra forma de fazer uma câmera tão boa!
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